quarta-feira, 18 de maio de 2011

Quatro alternativas sustentáveis para o asfalto nas cidades

Ecopavimento, asfalto-borracha, "noxer" e asfalto permeável são alternativas para melhorar a qualidade da pavimentação e asfalto nos centros urbanos. Listamos abaixo quatro tecnologias que, além de serem infraestruturas fundamentais para o fluxo do trânsito nas cidades, garantem soluções ambientais e sociais, como drenagem da água da chuva e diminuição de ruído dos carros.
Ecopavimento
O ecopavimento é uma tecnologia que traz permeabilidade ao asfalto. Para evitar enchentes, que ocorrem pela falta de permeabilidade do asfalto (de 10% a 15% do solo é permeável nos asfaltos tradicionais) para receber as águas das chuvas, o ecopavimento "drena até 90% da água", de acordo com o diretor da Ecotelhado, Paulo Renato Guimarães.
A tecnologia não substitui os asfaltos em estradas ou pistas de maior velocidade, sendo utilizada em acostamentos, calçadas, trilhas, estacionamentos, pavimento interno de condomínios ou empresas.
Segundo a empresa produtora, a Ecotelhado, o processo que retém também parte do calor urbano passa primeiro pelo nivelamento do solo e depois se inicia a instalação das grelhas alveolares, que são feitas de plásticos reciclados. Essas grelhas deixam a drenagem homogênea em época das chuvas, extinguindo a formação de sulcos, poças e barro nas vias.
A cobertura final do ecopavimento pode ser brita, areia, grama ou brita de borracha feita com pneus reciclados.
Noxer
O óxido de titânio noxer é capaz de absorver fumaça dos tubos de descargas dos automóveis. Auxiliado pela luz do sol, o noxer trabalha como um fotocatalizador para reter os óxidos de nitrogênio, tão nocivos aos seres humanos.
Através dessa característica é que, primeiramente em Osaka, no Japão, em 1997, blocos de noxer começaram a pavimentar as cidades. Depois da experiência japonesa, Londres, Paris, Milão e Madri já experimentaram a tecnologia.
Como você viu aqui no EcoD, os cientistas apontaram que o noxer pode absorver até 90% das impurezas dos automóveis em dias de sol forte. Em dias nublados, esse percentual cai para 70%.
O funcionamento dos blocos de noxer se dá pela aplicação dele sobre o asfalto tradicional. Após chuvas ou lavagens, os gases captados pelo noxer vão para o esgoto e não sobem para a atmosfera, evitando a intensificação do efeito estufa.
Asfalto-borracha
No final do mês de abril, o deputado estadual Eures Ribeiro (PV) propôs que a Bahia utilizasse uma composição asfáltica desenvolvida com pneus descartados nas obras de recapeamento das rodovias baianas. O deputado levantou a questão de que, no Brasil, são descartados mais de 40 milhões de pneus e que 20% do pó da borracha deles poderiam ajudar na permeabilização e durabilidade do asfalto no estado.
De fato, o asfalto de borracha já é utilizado em alguns estados brasileiros como no Rio de Janeiro e em São Paulo, e segundo pesquisa da UnB( Universidade de Brasília), o processo é eficaz.
A cobertura é 16 vezes mais resistente do que a usada tradicionalmente porque a borracha é mais elástica e demora mais a entrar no processo de fadiga. Ela também é mais segura, e sua permeabilidade a água (a borracha cria mais poros no asfalto) evita a aquaplanagem e acidentes com veículos.
Além disso, os pesquisadores afirmaram que o asfalto borracha tende a ajudar na destinação dos pneus que não podem ser mais reutilizados. Apesar dos benefícios, o sistema ainda é caro, custa R$ 130 mil contra R$ 90 mil dos pavimentos tradicionais.
Asfalto permeável (CPA)
Pesquisadores da USP lançaram uma alternativa para a utilização de um asfalto mais "verde". Eles implementaram uma camada porosa de asfalto (CPA) em parte de um estacionamento da instituição para testar a capacidade do projeto em ser utilizado nas cidades.
Assim como o ecopavimento, o trabalho dos pesquisadores desenvolveu um asfalto em camadas. A parte superficial é composta de pedras ligadas ao asfalto.
Mais internamente, aparece uma camada grossa com pedras grandes, que abrem espaços de 25% na camada, para que a água, vazada das pequenas pedras, fique armazenada. Após algumas horas, a água da chuva é sugada por um sistema de drenagem e vai para as galerias pluviais. O problema desse sistema é que ainda custa cerca de 25% a mais do que o asfalto tradicional.
Tirado do site: http://verde.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=28749674

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