quinta-feira, 15 de abril de 2010

TRÁFEGO DE ANIMAIS SILVESTRES ONDE ESTÁ O PROPLEMA?

Na busca de um materialismo exacerbado, o homem se despersonalizou deixando de valorizar sua própria existência na terra para adquirir riquezas materiais poluindo e destruindo seu próprio mundo. Em nome de seu progresso matamos os animais, desmatamos as florestas e danificamos o solo, o ar e a água. Será que vale a pena toda essa correria econômica? Se a resposta for positiva, então a vida de qualquer criatura na terra perdeu seu sentido e tudo a nossa volta tornou-se um “produto” tanto no imaginário coletivo quando no imaginário individual. Percebo que aos pouco perdemos o sentido de ser humano, agora estamos perdendo o sentido de sermos animais dependentes da natureza e aos poucos estamos transformando a vida “coisas”.
Se tudo é, ou vira produto nesse momento na humanidade, o trafico de animais silvestre se expandiu graças a um “mercado diabólico” que paga altas quantias por animais e plantas que são retirados de forma ilegal da natureza. Se existe mercado é porque existe demanda. Se há demanda é porque há procura e se há procura é porque há oferta. Onde está essa demanda? Na ganância humana. A ganância alimenta esquemas que recrutam os terroristas ambientais que seqüestram animais de nossa fauna para o estudo e fabrico de material sintético a partir de suas substancias. Essa prática põe em risco a vida de muitas especies de animais.
O Brasil enfrenta grandes dificuldades no combate ao tráfego de animais. A biopirataria praticada em nossas fronteiras reflete nossa deficiência em fiscalizar uma fronteira extensa. E o que é pior, a maioria das pessoas que capturam animais silvestres estão longe dos olhos das autoridades. São gente que vive as margens de rios e florestas onde os ecossistemas são fácil acesso facilitando a ação de bandidos e corruptos da fauna Brasileira.
Os traficantes de animais silvestres agem como se não existe lei para eles. Basta olharmos nas feiras de nossas cidades para constar a quantidade de animais que estão presos ilegalmente em gaiolas pelo tráfego de animais. A coisa vai daí para pior. Pescadores que não respeitam o período de defeso realizam a pesca predatporia e até gente esclarecida da sociedade, caçam capivaras e tatus como meio de lazer para degustação da carne desses animais. De forma geral há muito aboso da fauna no Brasil. O problema maior é a ambição de gente que caçam, capturam e vendem ilegalmente animais silvestres para encher seus bolsos.
Para a maioria dos ribeirinhos retirar animais da floresta se tornou uma fonte de renda. Para eles não importa se os animais passarão fome, sede ou privação da liberdade. É o dinheiro que os interessa. Esse é um dos grandes males, saber que o trafego de animais silvestre não é praticado somente pelos estrangeiros, mas pelos da nossa própria terra. É gente ignorante e ignorada pela fiscalização. São pessoas que preferem degradar a fauna e a flora do que cuidar dela. Uma vez que ao cuidar do meio ambiente na mente deles, não rende dinheiro, e o retirar da natureza os animais geram lucro. Combater esse tipo de pratica exige um esforço gigantesco de governo e a sociedade.
Quando mapeamos o trafego de animais silvestres, nem os índios são mais tão inocentes. Eles mesmos aprenderam a trocar animais por cachaça, pilhas de radio e etc. sendo assim, a fauna e flora do nosso lindo Brasil estão ameaçadas por todos os lados. Sem falar nas empresas que pirateiam nossos animais a baixo custo, para produzir seus fins comerciais causando danos ao meio ambiente.
Creio ser necessário dar uma maior importância a educação ambiental em locais considerados foco de tráfego. As ciências ambientais também podem contribuir criando programas de conscientização ambiental procurando mostrar a geração presente que o homem e a natureza são parte um do outro, e que se interagem nos ciclos da vida. Um não pode aniquilar o outro. E assim, ambos se pertencem e se ligam para a manutenção da vida no planeta terra.
Sabemos que o tráfego de animais silvestres não está longe de nossa realidade. Na esquina, no bar ou casa, podemos ver animais de toda sorte presos e por vezes abandonados. O problema é também sociocultural. Sem emprego e ou condição digna, muitos entendem que tem o direito de entra mata a dentro para montar armadilhas por necessidade financeira ou por puro prazer de capturar os bichos para vendê-los ou criar em cativeiro. O que fazer para amenizar essa realidade?

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