Os rios voadores são cursos de água atmosféricos,
invisíveis, que transportam umidade e vapor de água da bacia Amazônica para
quase todo o Brasil.
A floresta amazônica tem o papel de bombear boa parte da
água para outras regiões. Ela absorve umidade evaporada do oceano Atlântico
que, ao seguir para o interior do continente, cai em forma de chuva.
Através da evapotranspiração da floresta, aquecida pelo sol
tropical, as árvores devolvem a água da chuva para a atmosfera na forma de
vapor, que volta a cair novamente como chuva em outras áreas.
Ao analisar as revisões bibliográficas percebeu-se que
para cada metro quadrado de vegetação, é lançado na atmosfera seis a
sete vezes mais água do que a mesma superfície de oceano (SPRACKLEN, 2014).
A
água que fica sobre a floresta amazônica não permanece imóvel (Figura 1). Ela
se desloca e faz
Fonte: www.riosvoadores.com.br
chover nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.
De acordo com pesquisadores, cerca de dez trilhões de metros
cúbicos de água evaporadas no Oceano Atlântico chegam à Amazônia. Uma boa parte
se transforma em chuva, e o restante se junta com a umidade que é produzida
pela vegetação da floresta. Esta massa é então arrastada para a Cordilheira dos
Andes, onde bate e volta em direção ao Sudeste.
Ao se chocar com certas condições meteorológicas, como uma
frente fria vinda do sul, por exemplo, essa umidade que trafega pelos
denominados rios voadores pode ser
transformada em chuva. Essa chuva, que é de extrema importância para a vida em
geral, movimenta a economia do País, irrigando as lavouras, abastecendo os rios
e as represas que fornecem energia.
Atualmente, existe um projeto chamado ’Rios
Voadores’ (Figura 2),
que busca
acompanhar de perto esse processo: uma aeronave voa junto com os ventos,
coletando amostras de vapor. Os resultados das análises dão subsídios para
verificar se realmente o desmatamento da Amazônia interfere no regime chuvoso
do restante do País.
Analisando os dados do INPE – (instituto nacional de
pesquisas espaciais) percebe-se que a floresta amazônica já apresenta sinais de
desequilíbrio em relação ao clima da America do Sul.
O pesquisador do instituto afirma que para reverter esse
quadro a solução não é apenas deixar de desmatar,(figura 3). E sim reflorestar
o mais rápido as áreas que sofreram pela devastação (NOBRE, 2014).
Figura perca da floresta tropical Figura 3 – A perda da floresta tropical
Conclusões
Este
estudo concluiu que estão ocorrendo alterações importantes no clima da América
do Sul em função da substituição da floresta amazônica por áreas de agricultura
ou pastos. Ao avançar cada vez mais para dentro da floresta, o agronegócio pode
cavar sua própria sepultura com a eventual perda de água na parte central do
Brasil.
Referências
INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Dados
Meteorológicos. Disponível: www.inpe.br. Acesso em 23/10/2014.
SPRACKLEN, D.V. et al. Observations of increased
tropical rainfall preceded by air passage over forests. Disponível em: D.
V. Spracklen, S. R. Arnold & C. M. Taylor Nature (2012)
doi:10.1038/nature11390
Published online 05 September 2012
Published online 05 September 2012
RIOS
VOADORES. – O caminho dos Rios Voadores. Disponível em: http://riosvoadores.com.br/ Acesso em: 23/10/2014.
NOBRE, Antônio Nobre. – A amazonia já está entrando em pane. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2014/10/1541080-amazonia-ja-esta-entrando-em-pane-afirma-cientista.shtml Acesso em: 30/10/2014.
*Trabalho apresentado Por Fernades Rabelo, Jeferson - no IV CONNIC - CONGRESSO DO NOROESTE MENEIRO DE INICIAÇÃO CIENTIFICA. de 05 a 07 de novembro 2014. FACULDADE FINOM. Tema: "Ciência e Democracia: Cultura, Tecnologia, Sociedade e Poder"
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