sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Rios voadores: Reserva do futuro sustentável

Os rios voadores são cursos de água atmosféricos, invisíveis, que transportam umidade e vapor de água da bacia Amazônica para quase todo o Brasil.

A floresta amazônica tem o papel de bombear boa parte da água para outras regiões. Ela absorve umidade evaporada do oceano Atlântico que, ao seguir para o interior do continente, cai em forma de chuva.


Através da evapotranspiração da floresta, aquecida pelo sol tropical, as árvores devolvem a água da chuva para a atmosfera na forma de vapor, que volta a cair novamente como chuva em outras áreas. 

Ao analisar as revisões bibliográficas percebeu-se  que  para cada metro quadrado de vegetação, é lançado na atmosfera seis a sete vezes mais água do que a mesma superfície de oceano (SPRACKLEN, 2014). 

A água que fica sobre a floresta amazônica não permanece imóvel (Figura 1). Ela se desloca e faz 

Fonte: www.riosvoadores.com.br

chover nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.
De acordo com pesquisadores, cerca de dez trilhões de metros cúbicos de água evaporadas no Oceano Atlântico chegam à Amazônia. Uma boa parte se transforma em chuva, e o restante se junta com a umidade que é produzida pela vegetação da floresta. Esta massa é então arrastada para a Cordilheira dos Andes, onde bate e volta em direção ao Sudeste.

Ao se chocar com certas condições meteorológicas, como uma frente fria vinda do sul, por exemplo, essa umidade que trafega pelos denominados rios voadores  pode ser transformada em chuva. Essa chuva, que é de extrema importância para a vida em geral, movimenta a economia do País, irrigando as lavouras, abastecendo os rios e as represas que fornecem energia.


Atualmente, existe um projeto chamado ’Rios Voadores’ (Figura 2),  

que busca acompanhar de perto esse processo: uma aeronave voa junto com os ventos, coletando amostras de vapor. Os resultados das análises dão subsídios para verificar se realmente o desmatamento da Amazônia interfere no regime chuvoso do restante do País. 

Analisando os dados do INPE – (instituto nacional de pesquisas espaciais) percebe-se que a floresta amazônica já apresenta sinais de desequilíbrio em relação ao clima da America do Sul.
O pesquisador do instituto afirma que para reverter esse quadro a solução não é apenas deixar de desmatar,(figura 3). E sim reflorestar o mais rápido as áreas que sofreram pela devastação (NOBRE, 2014).
Figura perca da floresta tropical Figura 3 – A perda da floresta tropical                                                              
Fonte: Matéria da BBC Brasil, publicada pelo EcoDebate, 10/09/2012


Conclusões

Este estudo concluiu que estão ocorrendo alterações importantes no clima da América do Sul em função da substituição da floresta amazônica por áreas de agricultura ou pastos. Ao avançar cada vez mais para dentro da floresta, o agronegócio pode cavar sua própria sepultura com a eventual perda de água na parte central do Brasil. 



Referências
INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Dados Meteorológicos. Disponível: www.inpe.br. Acesso em 23/10/2014.
SPRACKLEN, D.V. et al. Observations of increased tropical rainfall preceded by air passage over forests. Disponível em: D. V. Spracklen, S. R. Arnold & C. M. Taylor Nature (2012) doi:10.1038/nature11390
Published online 05 September 2012
EcoDebate, Acesso em: 23/10/2014.
RIOS VOADORES. O caminho dos Rios Voadores. Disponível em: http://riosvoadores.com.br/  Acesso em: 23/10/2014.  
NOBRE, Antônio Nobre. – A  amazonia já está entrando em pane. Disponível em:
 http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2014/10/1541080-amazonia-ja-esta-entrando-em-pane-afirma-cientista.shtml  Acesso em: 30/10/2014. 

*Trabalho apresentado Por Fernades Rabelo, Jeferson  - no IV CONNIC - CONGRESSO DO NOROESTE MENEIRO DE INICIAÇÃO CIENTIFICA. de 05 a 07 de novembro 2014. FACULDADE FINOM. Tema: "Ciência e Democracia: Cultura, Tecnologia, Sociedade e Poder" 












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